Os motivos para as quase quatro horas de atraso que tornaram o show do Guns N’ Roses em Porto Alegre um duro teste de paciência e resistência para os fãs
Quase quatro horas de atraso garantem: o show do Guns N’ Roses na madrugada de ontem, forte candidato a espetáculo do ano em Porto Alegre, deverá também ser lembrado como o mais problemático da temporada. A demora na chegada do equipamento da banda e o comportamento imprevisível do vocalista Axl Rose determinaram que a jornada musical no estacionamento da Fiergs só terminasse depois das 4h de ontem.
Começar o show (bem) depois da hora marcada não chega a ser uma novidade para Axl Rose, famoso pelo temperamento instável e pelo perfeccionismo. Todos os shows do Guns na turnê brasileira tiveram atrasos de mais de uma hora (leia no quadro). O grupo só entra em cena quando Axl quer, o que dificilmente coincide com o horário combinado para a função começar. Provavelmente, muitas das cerca de 17 mil pessoas que foram à Fiergs já contavam com isso, mas a escala gaúcha da turnê teve percalços extras.
A organização da turnê atribui o atraso em Porto Alegre à Defesa Civil do Rio de Janeiro. Após o cancelamento do show no Rio, domingo – quando um temporal derrubou parte do palco –, a Defesa Civil manteve o palco interditado até as 12h de segunda-feira. Um avião foi fretado para carregar as 10 toneladas de equipamento na madrugada de segunda para terça-feira – mas, devido a problemas técnicos, a carga só chegou à capital gaúcha no início da tarde de ontem. Enquanto o público fazia fila para entrar na Fiergs, cenários, amplificadores e instrumentos ainda estavam chegando ao local. Às 16h, horário previsto para a abertura dos portões, o palco estava longe de estar pronto.
Começar o show (bem) depois da hora marcada não chega a ser uma novidade para Axl Rose, famoso pelo temperamento instável e pelo perfeccionismo. Todos os shows do Guns na turnê brasileira tiveram atrasos de mais de uma hora (leia no quadro). O grupo só entra em cena quando Axl quer, o que dificilmente coincide com o horário combinado para a função começar. Provavelmente, muitas das cerca de 17 mil pessoas que foram à Fiergs já contavam com isso, mas a escala gaúcha da turnê teve percalços extras.
A organização da turnê atribui o atraso em Porto Alegre à Defesa Civil do Rio de Janeiro. Após o cancelamento do show no Rio, domingo – quando um temporal derrubou parte do palco –, a Defesa Civil manteve o palco interditado até as 12h de segunda-feira. Um avião foi fretado para carregar as 10 toneladas de equipamento na madrugada de segunda para terça-feira – mas, devido a problemas técnicos, a carga só chegou à capital gaúcha no início da tarde de ontem. Enquanto o público fazia fila para entrar na Fiergs, cenários, amplificadores e instrumentos ainda estavam chegando ao local. Às 16h, horário previsto para a abertura dos portões, o palco estava longe de estar pronto.
(Palco desabado no Rio de Janeiro)
– Às 19h, ainda tinha coisas chegando. Estava tudo encharcado, o equipamento foi danificado. Saíram uns cinco litros de água de dentro de um dos teclados – relata Beat Barea, baterista da banda Rosa Tattooada, uma das atrações escaladas para a abertura da noite.
A arena foi liberada para o público às 19h45min, quando centenas de pessoas já esperavam dentro e fora da Fiergs. Nos bastidores, os responsáveis pela produção faziam repetidas reuniões para redefinir o horário de início dos shows de abertura – além da Rosa Tattooada, estavam programadas a banda gaúcha Tequila Baby e o cantor americano Sebastian Bach, amigo pessoal de Axl Rose. Por volta das 22h30min, uma nota oficial foi divulgada informando que seriam cancelados os shows da Rosa Tattooada e da Tequila Baby, e que talvez nem houvesse o de Sebastian.
O caso é que, àquela hora, Axl ainda não havia nem entrado no avião particular que o traria a Porto Alegre – o vocalista estava em um hotel em São Paulo, supostamente esperando que o palco estivesse pronto. A produção, então, reconvocou a Rosa Tattooada, que entrou em cena às 23h41min e tocou três músicas. O guitarrista Martin de Andrade até já tinha ido embora.
– Vinte minutos depois de nos avisarem que o nosso show estava cancelado, pediram que a gente voltasse a tocar – conta Barea. – A gente fez o papel de aspirina: tentamos diminuir a dor de cabeça de todo mundo, produção e público.
O baterista admite que talvez não fosse o melhor momento para entrar em cena, mas reconhece o esforço das produtoras envolvidas – a paulista Time 4 Fun, responsável pela turnê nacional, e a gaúcha H4 Entretenimento, encarregada da produção local – em evitar que houvesse maiores problemas.
– Eles estavam com um grande problema nas mãos. O que se decidiu foi botar alguma coisa no palco. O público estava ficando tenso.
Conforme a Time 4 Fun, a hipótese de adiar o show de Porto Alegre era inviável – não haveria outra data. Representantes das duas produtoras admitem que a hipótese de cancelamento foi levantada na segunda-feira, dadas as dificuldades.
– O show só saiu porque queríamos muito realizar o evento – admitiu uma fonte ligada à organização, que preferiu não se identificar.
A arena foi liberada para o público às 19h45min, quando centenas de pessoas já esperavam dentro e fora da Fiergs. Nos bastidores, os responsáveis pela produção faziam repetidas reuniões para redefinir o horário de início dos shows de abertura – além da Rosa Tattooada, estavam programadas a banda gaúcha Tequila Baby e o cantor americano Sebastian Bach, amigo pessoal de Axl Rose. Por volta das 22h30min, uma nota oficial foi divulgada informando que seriam cancelados os shows da Rosa Tattooada e da Tequila Baby, e que talvez nem houvesse o de Sebastian.
O caso é que, àquela hora, Axl ainda não havia nem entrado no avião particular que o traria a Porto Alegre – o vocalista estava em um hotel em São Paulo, supostamente esperando que o palco estivesse pronto. A produção, então, reconvocou a Rosa Tattooada, que entrou em cena às 23h41min e tocou três músicas. O guitarrista Martin de Andrade até já tinha ido embora.
– Vinte minutos depois de nos avisarem que o nosso show estava cancelado, pediram que a gente voltasse a tocar – conta Barea. – A gente fez o papel de aspirina: tentamos diminuir a dor de cabeça de todo mundo, produção e público.
O baterista admite que talvez não fosse o melhor momento para entrar em cena, mas reconhece o esforço das produtoras envolvidas – a paulista Time 4 Fun, responsável pela turnê nacional, e a gaúcha H4 Entretenimento, encarregada da produção local – em evitar que houvesse maiores problemas.
– Eles estavam com um grande problema nas mãos. O que se decidiu foi botar alguma coisa no palco. O público estava ficando tenso.
Conforme a Time 4 Fun, a hipótese de adiar o show de Porto Alegre era inviável – não haveria outra data. Representantes das duas produtoras admitem que a hipótese de cancelamento foi levantada na segunda-feira, dadas as dificuldades.
– O show só saiu porque queríamos muito realizar o evento – admitiu uma fonte ligada à organização, que preferiu não se identificar.